terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Os Mutantes




Em 1964, os irmãos Arnaldo Baptista e Cláudio César Dias Baptista, juntamente com Raphael Vilardi e Roberto Loyola, fundaram o grupo The Wooden Faces
Após um ano conheceram a Rita Lee que formava o grupo vocal chamado The Teenage Singers, juntamente com Suely Chagas, Jean e Beatrice. O quarteto não durou muito e apenas Rita e Suely permanecem cantando.
Para completar o embrião original a banda decide convidar o irmão mais novo da família Dias, o Sérgio.
Após a saída de Suely, a banda muda de nome para Six Seded Rockers e, logo em seguida, para O'Seis, que em 1966 gravaram um compacto simples pela Continental, com as músicas Suicida (Raphael e Roberto) e Apocalipse (Rita e Raphael). Nesse mesmo ano, Cláudio, Raphael e Roberto deixam a banda e o trio que permaneceu decide alterar o nome da banda para Os Mutantes. O nome veio do livro que Sérgio e Arnaldo estavam lendo, chamado O Império dos Mutantes de Stefan Wul.
Em outubro de 66, eles são convidados a participar do elenco fixo do programa do Ronnie Von, na TV Record e gravam o terceiro LP do Ronnie.
No começo de 1967 decidem sair da Record, pois já não tinham tantas aparições como antes e começam a se apresentar por outras emissoras e programas. Foi nesse mesmo ano que conheceram Rogério Duprat, que teve uma importância imensa na carreira deles. Foi o maestro que sugeriu a Gilberto Gil que Os Mutantes o acompanhassem no III Festival de Música Popular da Record, com a música Domingo no Parque e também com a música Bom Dia de Nana Caymmi. Após o segundo lugar no Festival, junto com Gil, a banda se aproxima definitivamente do tropicalismo.
Em 1968, gravam ao lado de Caetano, Gil, Tom Zé e Nara Leão o disco Tropicália ou Panis et Circense.
Nesse mesmo ano, depois de muitas apresentações desse disco conjunto, lançam pela Polydor o disco Os Mutantes, que marca a quebra de todos os padrões e transforma absurdos em possibilidades musicais.
Influenciados pelas experimentações do The Beatles, e vivendo em um país aonde os efeitos sonoros não existiam, o grupo contou com o artesão e ex-integrante da banda e membro da família Dia, o Cláudio Cesar Dias Baptista para a gravação desse álbum.
Destacaram-se um potenciômetro sem trava, acoplado a um motor de máquina de costura; e uma Guitarra de Ouro, oficialmente conhecida como Guitarra Régulus, que continha uma inscrição na parte de trás da guitarra que amaldiçoava qualquer pessoa que a utilizasse, menos um dos Mutantes, é claro.
O disco rendeu diversos prêmios ao conjunto, como Troféu Imprensa como o melhor conjunto nacional e figurou na lista dos 100 melhores discos de MPB de todos os tempos da revista Rolling Stones.

1968 - Os Mutantes
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01 Panis et Circense (Gilberto Gil e Caetano Veloso)
02 A Minha Menina (Jorge Ben)
03 O Relógio (Os Mutantes)
04 Adeus Maria Fulô (Humberto Teixeira e Sivuca)
05 Baby (Caetano Veloso)
06 Senhor F (Os Mutantes)
07 Bat Macumba (Gilberto Gil e Caetano Veloso)
08 Le Premier Bonheur du Jour (Jean Renard e Frank Gerald)
09 Trem Fantasma (Caetano Veloso e Os Mutantes)
10 Tempo no Tempo (Jonh Philips vrs: Cláudio Dias Baptista)
11 Ave Gengis Kan (OS Mutantes)

Formação: Arnaldo Baptista - baixo, teclados e vocais / Rita Lee - vocais e percussão / Sérgio Dias - guitarra e vocais
Participações: Rogério Duprat - arranjos / Jorge Ben - voz e violão em A Minha Menina / Dirceu - bateria / Cesar Dias Baptista - vocal em Genghis Khan / Clarisse Leite Baptista - piano em Senhor F

Em 1969, o grupo excursiona pela França aonde tocam em lugares célebres, como MIDEM (Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais) e na cidade de Canes.
Nesse mesmo ano, em fevereiro, lançaram o segundo disco, intitulado como Mutantes.

1969 - Os Mutantes
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01 Dom Quixote (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
02 Não Vá se Perder por Aí (Raphael Vilardi e Roberto Loyola)
03 Dia 36 (Johny Dandurand e Os Mutantes)
04 2001 (Rita Lee e Tom Zé)
05 Algo Mais (Os Mutantes)
06 Fuga n2 (Os Mutantes)
07 Banho de Lua (B. Fillipi e F. Migiacci)
08 Rita Lee (Os Mutantes)
09 Mágica (Os Mutantes)
10 Qualquer Bobagem (Tom Zé e Os Mutantes)
11 Caminhante Noturno (Arnaldo Baptitas e Rita Lee)

Formação: Arnaldo Baptista - baixo teclados e voz / Rira Lee - vocais e percussão / Sérgio Dias - guitarras e vocais / Dinho Leme - bateria / Liminha - viola
Participações: Rogério Duprat - arranjos / Zé do Rancho - viola caipira e vocal / Mariazinha - Sanfona e vocal

Mais um ano chega e com ele mais um álbum, intitulado de A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, que afasta de vez a sonoridade da Tropicália e traz mais perto para o rock.
O desconhecido compositor Élcio Decário figura como um parceiro em algumas composições. As intervenções orquestrais de Duprat diminuíram e não mais se adaptavam à evolução musical da banda.

1970 - A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
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01 Ando Meio Desligado (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
02 Quem tem Medo de Brincar de Amor (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
03 Ave, Lúcifer (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Élcio Decário)
04 Desculpe, Babe (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
05 Meu Refrigerador não Funciona (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
06 Hey Boy (Arnaldo Baptista e Élcio Decário)
07 Preciso Urgentemente Encontrar um Amigo (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
08 Chão de Estrelas (Orestes Barbosa e Silvio Caldas)
09 Jogo de Calçada (Arnaldo Baptista, Wandler Cunha e Ilton Oliveira)
10 Haleluia (Arnaldo Baptista)
11 Oh! Mulher Infiel (Arnaldo Baptista)

Formação: Arnaldo Baptista - baixo, teclado e vocal / Rita Lee - vocais, percussão e efeitos / Sérgio Dias - guitarras, baixo e vocal / Dinho - bateria / Liminha - baixo 
Participações: Raphael Villardi - violão e vocal / Naná Vasconcelos - percussão / Rogério Duprat - arranjos

No final deste mesmo ano, a banda retorna à Paris para novas apresentações e aproveitam para gravar um álbum principalmente em inglês, principalmente em para atrair o público internacional. Porém, a Polydor, desiste do lançamento e o álbum só é lançado em 1999 e se chamaria Tecnicolor.

1970 - Tecnicolor
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01 Panis et Circense (Gilberto Gil e Caetano Veloso)
02 Bat Macumba (Gilberto Gil e Caetano Veloso)
03 Virginia (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
04 She's my Shoo Shoo (Jorge Ben)
05 I Feel a Little Spaced Out (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
06 Baby (Caetano Veloso)
07 Tecnicolor (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
08 El Justiceiro (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
09 I'm so Sorry Baby (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
10 Adeus MAria Fulô (Sivuca e Humberto Teixeira)
11 Le Premier Bonheur du Jour (Jean Renard e Frank Gerald)
12 Saravah (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
13 Pani et Circense (Gilberto Gil e Caetano Veloso)

Formação: Arnaldo Baptista - teclado e vocal / Rita Lee - vocais e teclado / Sérgio Dias - guitarras e vocal / Dinho - bateria / Liminha - baixo 

No início de 1971 eles foram contratados pela Globo para participar do programa Som Livre Exportação, mas depois da empolgação inicial, eles se desinteressaram pelo projeto.
Em março desse ano lançam o disco Jardim Elétrico, pela Polydor. O álbum foi gravado em 4 canais e trazia quatro faixas do trabalho gravado em Paris. Todas as músicas, exceto Baby, eram de autoria própria e a produção ficou por conta do Arnaldo Baptista. Rogério Duprat, mesmo que timidamente, continua contribuindo.
A capa é psicodelia pura, com um desenho de Alain Voss, estilizando um grande pé de maconha. A contra-capa mostra os cinco integrantes pela primeira vez num álbum, posando lado a lado dos seus instrumentos, na oficina de Cláudio César Dias Baptista, na Pompéia.
Letras mais simples, com pitadas de humor e duplo sentido para um rock mais pesado. Tudo para driblar a rigorosa censura.


1971 - Jardim Elétrico
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01 Top Top (Os Mutantes e Liminha)
02 Benvinda (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
03 Tecnicolor (Os Mutantes)
04 El Justiceiro (Os Mutantes)
05 It's Very Nice prá Xuxu (Os Mutantes)
06 Portugal de Navio (Os Mutantes)
07 Virgínia (Os Mutantes)
08 Jardim Elétrico (Os Mutantes)
09 Lady Lady (Os Mutantes e Liminha)
10 Saravá (Os Mutantes)
11 Baby (Caetano Veloso)




Formação: Arnaldo Baptista - teclado e vocal / Rita Lee - vocais / Sérgio Dias - guitarras e vocal / Dinho - bateria / Liminha - baixo e vocal 
Participação: Rogério Duprat - arranjos

Em dezembro de 1971 Arnaldo e Rita se casaram. Anos mais tarde ela disse que o casamento foi para ganhar independência dos pais. Na volta da lua de mel o casal rasgou a certidão de casamento no programa da Hebe.

Em maio de 1972, após dois meses de atraso por causa da censura, o disco Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets chega às lojas.
O disco mostrou a transição da banda em direção ao rock progressivo e marcou a estréia da citara (dedilhada por Sérgio) e do sintetizador (dedilhado pela Rita) em estúdios brasileiros.
O título do disco é uma homenagem ao Tim Maia, pois o termo baurets era o nome que costumava chamar os cigarros de maconha que fumava.

1972 - Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets
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01 Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, desde que Eu Tenha o Rock and Roll (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
02 Vida de Cachorro (Os Mutantes)
03 Dune Buggy (Os Mutantes)
04 Cantor de Mambo Arnaldo Baptista, Rita Lee e Élcio Decário)
05 Beijo Exagerado (Os Mutantes) / Todo Mundo Pastou (Bororó)
06 Balada do Louco (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
07 A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (Os Mutantes e Liminha)
08 Rua Augusta (Hervé Cordovil)
09 Mutantes e seus Cometas no País dos Baurets (Os Mutantes, Liminha e Dinho)
10 Todo Mundo Pastou II (Bororó)

Formação: Arnaldo Baptista - teclado e vocal / Rita Lee - vocais e teclado / Sérgio Dias - guitarras, citara e vocal / Dinho - bateria / Liminha - baixo e vocal 
Participação: Rogério Duprat - arranjos

Esse foi o último disco que contou com a presença da Rita Lee. Algumas versões da história dizem que ela foi expulsa por não se adaptar à nova sonoridade que a banda estava se direcionando. Outras versões dizem que o estopim foi o divórcio.
Ainda em 1972, a banda tentou convencer a Polydor a lançar mais um álbum. Mas a gravadora, interessada em lançar a carreira solo da Rita Lee, determinou que apenas ela assinasse o material já gravado, alegando que não ficaria bem para a banda lançar dois discos num ano. Por isso o disco Hoje é o Primeiro Dia do Resto da sua Vida ficou creditado apenas à Rita Lee, embora Os Mutantes tenham gravado e participado com composições.

Em 1973, o quarteto volta para o estúdio e gravar mais um disco, que viria a ser O A e o Z. Disco que mostra o lado progressivo que a banda aderiu. Todas as faixas foram compostas e gravadas sob o efeito de LSD, o que desagradou a Polydor que engavetou o projeto. Além de não lançar o material a gravadora demitiu a banda.
O disco foi lançado apenas em 1992, e contém seis faixas, embora independentes uma da outra, compõe uma longa trilha sonora. Gravado em 16 canais no Estúdio Eldorado, o disco mostrou algo bem próximo da perfeição musical, com lindos vocais agudos de Sérgio, o desempenho instrumental de Arnaldo com seu Hammond, Liminha na sua mais criativa linha melódica e a bateria de Dinho implacável.
Segundo Sérgio, este foi o disco mais vendido da banda.

1973 - O A e o Z
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01 A e o Z (Os Mutantes)
02 Rolling Stones (Os Mutantes)
03 Você Sabe (Os Mutantes)
04 Hey Joe (Os Mutantes)
05 Uma Pessoa Só (Os Mutantes)
06 Ainda vou Transar com Você (Os Mutantes)

Formação: Arnaldo Baptista - Mellotron, órgão Hammond, clavinete Hohner, violoncelo e vocal / Sérgio Dias - guitarras Régulus e Fender, citara, violão 12 cordas e vocal / Dinho - bateria, tabla e volcal / Liminha - baixo, violão e vocal 

Após a demissão, Arnaldo Baptista monta a Patrulha do Espaço, Dinho vai trabalhar com assessoria de imprensa e Sérgio e Liminha tentaram remontar a banda com outros membros.
Após discussões com os novos membros, Liminha também decide sair da banda
Mesmo assim Sérgio decide manter a banda e contrata Tulio Mourão para os teclados, Ruy Motta para bateria e Antonio Pedro de Medeiros para o baixo.
A nova formação conseguiu contratato com a Som Livre e lançou o disco Tudo foi Feito pelo Sol, que pouco lembra os discos anteriores. Não pela ausência do deboche, mas principalmente pela maturidade dos músicos frente a proposta progressiva assumida pela banda.
Foi o disco dos Mutantes que mais vendeu na época, quase que o dobro dos anteriores.

1974 - Tudo Foi Feito pelo Sol
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01 Deixe entrar um pouco D'Água no Quintal (Sérgio Dias, Liminha e Rui Motta)
02 Pitágoras (Tulio Mourão)
03 Desanuviar (Sérgio Dias e Liminha)
04 Eu só penso em te Ajudar (Sérgio Dias e Liminha)
05 Cidadão da Terra (Sérgio Dias e Liminha)
06 O Contrário de Nasa é Nada (Sérgio Dias e Túlio Mourão)
07 Tudo foi Feito pelo Sol (Sérgio Dias)
08 Cavaleiros Negros (Sérgio Dias, Rui Motta e Antonio Pedro de Medeiros)
09 Tudo Bem (Sérgio Dias e Antonio Pedro de Medeiros)
10 Balada do Amigo (Túlio Mourão)

Formação: Sérgio Dias - guitarras, citara e vocal / Túlio Mourão - piano. órgão, minimoog e vocal / Antonio Pedro de Medeiros - baixo e vocal / Ruy Motta - bateria, percussão e vocal

Com essa formação a banda faz diversos shows, mas as discussões não acabaram. Então, Sérgio demite Túlio Mourão e Antonio Pedro de Medeiros e contrata o baixista e violinista Paulo de Castro e o tecladista Luciano Alves.
Antes de contratar Luciano, Sérgio fez diversos pedidos para que o Arnaldo retorne para a banda, mas sem sucesso.
Em 1977, a Som Livre decide lançar um disco ao vivo dos Mutantes. A gravação foi feita durante o show realizado no MAM.

1976 - Ao Vivo
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01 Anjos do Sul (Sérgio Dias)
02 Benvindos (Sérgio Dias) / Mistérios (Sérgio Dias)
03 Trem (Paulo de Castro) / Dança dos Ventos (Sérgio Dias, Paulo de Castro, Rui Motta e Luciano Alves)
04 Sagitarius (Sérgio Dias)
05 Esquizofrenia (Sérgio Dias)
06 Rio de Janeiro (Paulo de Castro e Rui Motta)
07 Loucura Pouca é Bobagem (Luciano Alves e Sérgio Dias)
08 Hey Tu (Sérgio Dias e Paulo de Castro)
09 Rock'n Roll City (Sérgio Dias)
10 Tudo Explodindo (Rui Motta e Paulo de Castro)
11 Grand Finale (Luciano Alves e Sérgio Dias)
12 Anjos do Sul (Sérgio Dias)
13 Cidadão da Terra (Sérgio Dias e Liminha)

Formação: Sérgio Dias - guitarras e vocal / Luciano Alves - teclados e vocal / Paulo de Castro - baixo e vocal / Rui Motta - bateria, percussão e vocal

O dia 06 de junho de 1978 marcou como o último show realizado pelos Mutantes em Ribeirão Preto.

Em 2006, Os Mutantes foram homenageados na mostra Tropicália - A Revolution in Brazilian Culture, em Londres.
Essa homenagem gerou um show que foi gravado e lançado em cd.
Dos membros clássicos estavam presentes Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Dinho, que não tocava profissionalmente há mais de 30 anos. Liminha chegou a concordar em ensaiar com a banda, mas sua intenção era recriar o virtuosismo, e era contra a inclusão de outros músicos. Como não seria possível que isso acontecesse, ele negou o convite.
Se juntaram ao trio Zélia Duncan, Simone Soul, Henrique Peters, Vinícius Junqueira, Vitor Trida, Fábio Recco e Esmérya Bulgari.

2006 - Ao Vivo no Barbican Theatre
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01 Dom Quixote (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
02 Caminhante Noturno (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
03 Ave Gengis Khan (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
04 Tecnicolor (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
05 Virgínia (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
06 Cantor de Mambo (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Élcio Decário)
07 El Justiceiro (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
08 Baby (Caetano Veloso)
09 I'm Sorry Baby (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
10 Top Top (Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sérgio Dias e Liminha)
11 Dia 36 (Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sérgio Dias e Johnny Dandurand)

12 Fuga n2 (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
13 Le Premier Bonheur du Jour (Jean Renard e Frank Gerald)
14 2001 (Rita Lee e Tom Zé)
15 Ave Lúcifer (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Élcio Decário)
16 Balada do Louco (Arnaldo Baptista e Rita Lee)
17 I Feel a Little Spaced Out (Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias)
18 A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (Arnaldo Baptista, Rita Lee, Sérgio Dias e Liminha)
19 A Minha Menina (Jorge Ben)
20 Bat Macumba (Gilberto Gil e Caetano Veloso)
21Panis et Circenses (Gilberto Gil e Caetano Veloso)

Formação: Zélia Duncan - vocal / Sérgio Dias - guitarra e vocal / Arnaldo Baptista - teclado e vocal / Dinho - Bateria
Participação: Simone Soul - percussão / Henrique Peters - teclado / Vinícius Junqueira - baixo / Vitor Tinda - teclado, flauta e violoncelo / Fábio Recco - vocal / Esmérya Bulgari - vocal

Após 30 anos, Os Mutantes voltaram a tocar no Brasil, foi no dia 25 de janeiro de 2007, no Museu do Ipiranga na comemoração de 453 anos da cidade de São Paulo.
Em setembro de 2007, Zélia anuncia a sua saída do projeto, para dar continuidade a sua carreira solo e Arnaldo também sai da banda para cuidar de seus projetos pessoais, como escrever uma autobiografia, um livro de ficção, entre outros.
Alguns dizem que o real motivo para saída de Arnaldo é que ele e Sérgio não se falavam e não se davam bem nos bastidores.

Após a turnê, Sérgio começou a organizar, compor e gravar material para um disco inédito dos Mutantes. Seria o primeiro de estúdio desde 1974 e o primeiro com inéditas desde 1976, que foi ao vivo.
A banda era formada, em sua maioria, pelos mesmos músicos que o acompanharam na turnê do álbum ao vivo. Inclusive com Dinho na bateria.

2009 - Haih or Amortecedor
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01 Hymns of The World 1

02 Querida Querida (Sérgio Dias e Tom Zé)
03 Teclar (Sérgio Dias e Tom Zé)
04 2000 e Agarrum (Sérgio Dias e Tom Zé)
05 Bagdad Blues (Sérgio Dias e Tom Zé)
06 O Careca (Jorge Ben)
07 O Mensageiro (Sérgio Dias)
08 Anagrama (Sérgio Dias e Tom Zé)
09 Samba do Fidel (Sérgio Dias e Tom Zé)
10 Neurociência do Amor (Sérgio Dias e Vitor Trida)
11 Nada Mudou (Vitor Trida)
12 Gopala Krishna Om (Sérgio Dias)
13 Hymns of The World 2

Formação: Sérgio Dias - guitarra e vocal / Dinho Leme: bateria / Henrique Peters - teclado / Vitor Trida - teclado, guitarra, flauta, viola caipira e violino / 
Vinícius Junqueira - Baixo / Simone Soul - percussão / Fábio Recco - vocal / Bia Mendes - vocal

Em 2013, Os Mutantes lançaram mais um disco de inéditas. O disco contém 12 músicas inéditas e somente uma com letra em português. O título do disco é Fool Metal Jack, que é uma homenagem ao diretor de cinema Stanley Kubrick e seu filme homônimo lançado em 1987.
O disco mistura pscodelia, progressivo e reggae.

2013 - Fool Metal Jack
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01 The Dream is Gone (Sérgio Dias)
02 Fool Metal Jack (Sérgio Dias e Vinicius Junqueira)
03 Picadilly Willy (Sérgio Dias)
04 Ganjaman (Sérgio Dias)
05 Look Out (Vitor Trida)
06 Eu Descobri (Gilberto Gil)
07 Time and Space (Sérgio Dias e Sam Spiegel)
08 To Make It Beautiful (Sérgio Dias)
09 Once Upon a Flight (Vitor Trida)
10 Into Limbo (Sérgio Dias)
11 Bangladesh (Sérgio Dias)
12 Valse LSD (Sérgio Dias)



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PS: lembrando que o blog é contra a pirataria e o link é apenas para as pessoas conhecerem e, se gostarem do que ouvirem, comprarem o original.

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